sexta-feira, setembro 07, 2007

Dia D para Viana do Castelo

Começa hoje o encontro de 2 dias dos ministros dos negócios estrangeiros dos 27.

Oportunidade para mostrar uma das cidades que Portugal se pode orgulhar, pela sua beleza natural e de, todo um património cultural, que embora não seja tão bem tratado como merecia, vai resistindo ao passar dos tempos, tendo ainda um potencial enorme por explorar.

Isto tudo para dizer que, com o acontecimento de ontem, que lamento informar quem tem outros objectivos, não é de forma alguma vulgar nesta cidade pacata, onde ainda se pode passear à noite (sem polícia, também é verdade), mas sem ter o mínimo problema.

No entanto, as peças que estavam expostas no museu do ouro enchiam de orgulho qualquer vianense, até por representar algo pela qual Viana também é conhecida lá fora ( o seu ouro, e as histórias a ele ligadas), coisa que o museu municipal não faz. As peças de cerâmica que lá estão expostas nem sequer uma legenda têm, imaginem! E está exactamente igual há 30 anos...

O que é triste, como já disse anteriormente, é que se faça o aproveitamento político do facto, quando muitas das pessoas que criticam são elas próprias culpadas de situações como esta, que se começam a verificar neste país de criminosos, pacato e onde aparentemente não se passou nada até há uma semana atrás.

Se pensarmos um pouco mais não são os nossos filhos obrigados a crescer ao lado de pessoas que se gabam à força toda que "lixam o governo", ao não pagar impostos, e entram em esquemas do arco da velha, porque pensam que apenas estão a ROUBAR uma figura distante e convenientemente detestável como "O GOVERNO"? Essas pessoas estão a ROUBAR é o ESTADO! E o ESTADO somos todos nós. Essas pessoas vêm-nos directamente ao bolso (aos que pagamos impostos) e ainda nos cospem na cara!

Aos hipócritas que não pensam que estes criminosos não andam impunemente por aí há demasiados anos, e que são menos criminosos que aqueles que roubam bancos e ourivesarias os meus respeitos pela desonestidade mental.

Poderá alguém contra-argumentar que num caso houve feridos ou mortos e noutro não. É um facto. Pelo menos directamente, mas se pensarmos naquelas pessoas que deixam de ter os cuidados hospitalares, ou os medicamentos ao que teriam direito se não fossem só um punhado a contribuir para isso através dos impostos, temos um crime ainda com consequências mais devastadoras.

Os nossos filhos crescem ao lado dessas pessoas, como disse, e recebem subliminarmente mensagens que talvez isso não seja grave, e que neste sentimento de impunidade também talvez possam entrar outras situações de gravidade igual ou maior, precisamente porque a culpa não é nossa, mas do "GOVERNO" ou "DOS OUTROS".